O termo Misofonia recentemente ganhou destaque no TikTok ao descrever uma reação peculiar de algumas pessoas a certos sons presentes em vídeos, os quais supostamente causam irritação, como o rasgar de uma folha ou o barulho de alguém mastigando chiclete. Embora desconfortos comuns sejam normais, quando o incômodo se torna excessivo, pode caracterizar a misofonia.
Além do TikTok: o que sente uma pessoa com Misofonia?
Misofonia é uma condição na qual a pessoa experimenta reações negativas a certos sons comuns do dia a dia, como mastigação, tosses, espirros e batidas no teclado. Esta reação é desproporcional ao estímulo, levando a manifestações intensas de irritação, podendo até desencadear episódios de raiva. Também conhecida como Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons, foi oficialmente reconhecida nos anos 2000.
Essa reação é desencadeada pela liberação de neurotransmissores ao ouvir certos barulhos, resultando em sintomas como raiva, ansiedade e agressividade. Além disso, essa condição pode impactar significativamente a vida social e profissional da pessoa afetada, interferindo em eventos sociais e até na construção de uma carreira.
Pesquisas sugerem que a misofonia pode estar relacionada a uma hipersensibilidade causada por uma conexão anormal entre o sistema auditivo e o sistema límbico do cérebro, responsável pelo processamento de sons. Portanto, tratamentos eficazes frequentemente envolvem treinar essa ligação cerebral.
Quais barulhos causam mais Misofonia?
Embora qualquer som possa causar irritação, dependendo do grau de sensibilidade de uma pessoa, alguns sons são mais frequentemente associados a esse problema. Entre eles estão os relacionados à respiração, sons ambientais e sons produzidos por animais.
Os profissionais mais adequados para diagnosticar a misofonia são o fonoaudiólogo e o otorrinolaringologista, que também podem oferecer recomendações de tratamento. Sinais comuns de sensibilidade excessiva a sons incluem agitação em situações onde esses sons estão presentes, desejo de fugir do local do barulho e reações desproporcionais em relação à fonte do som.
Além dos sons mencionados, alguns ruídos específicos tendem a desencadear reações mais intensas em pessoas com misofonia. Entre eles estão os sons associados à respiração, como espirros, tosses, pigarros e mastigação. Esses sons próximos e repetitivos podem ser particularmente irritantes e desencadear respostas emocionais intensas.
Da mesma forma, os sons ambientais também podem ser desafiadores para aqueles que sofrem de misofonia. O constante zumbido de aparelhos eletrônicos, como a televisão, ou o tique-taque de um relógio podem ser extremamente perturbadores para essas pessoas. Até mesmo o tilintar dos talheres ou o bater das chaves pode desencadear uma forte reação.
Além disso, sons produzidos por animais também podem ser gatilhos para a misofonia. Miados de gatos, latidos de cachorros, uivos e piados de pássaros podem causar desconforto significativo em indivíduos sensíveis a esses ruídos.
Para diagnosticar e tratar a misofonia, é importante consultar um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista, que podem oferecer orientações personalizadas. Sinais comuns de sensibilidade excessiva a sons incluem agitação em ambientes ruidosos, a vontade de evitar lugares onde esses sons estão presentes e reações desproporcionais em relação aos estímulos sonoros. Reconhecer esses sinais e procurar ajuda profissional é o primeiro passo para lidar com essa condição desafiadora.
Os sons dos vídeos nas redes sociais podem impactar a Misofonia?
Muitos produtores de conteúdo relatam que usuários comentam em seus vídeos sobre a provocação de misofonia. No entanto, isso pode ocorrer dependendo do grau de sensibilidade individual. É difícil esperar que as pessoas produzam menos vídeos ou sinalizem que um conteúdo pode causar misofonia.
Para aqueles que sofrem com esses barulhos, é recomendável disciplinar-se e evitar exposição a vídeos que possam desencadear desconforto, como muitos dos que circulam no TikTok. Um período de desintoxicação das redes sociais pode ser benéfico para preservar o bem-estar emocional. Às vezes, é preferível perder algo do que passar por situações de desconforto.
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