A pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, continua a evoluir com o surgimento de novas variantes. Recentemente, uma nova subvariante da Ômicron, informalmente nomeada como Éris (EG.5), despertou atenção global. Éris, nomeada em referência à deusa grega da discórdia, foi identificada em 52 países, incluindo o Brasil, e tornou-se dominante em alguns, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificá-la como uma "variante de interesse". Este artigo oferece uma visão abrangente sobre a variante Éris, sua prevalência global, impacto nas taxas de morbidade e mortalidade, e implicações para as estratégias de prevenção e controle da Covid-19.
Prevalência Global da Variante Éris
A subvariante Éris (EG.5) foi sequenciada pela primeira vez na China em fevereiro e rapidamente se espalhou para pelo menos 52 países, tornando-se a variante dominante em alguns, incluindo China, Estados Unidos, Japão, Canadá e Reino Unido. Apesar do aumento de casos em países onde a Éris é dominante, as taxas de morbidade e mortalidade não têm sofrido mudanças significativas. Os sintomas da infecção pela EG.5 são semelhantes aos de outras variantes do coronavírus em circulação, incluindo febre, tosse seca e persistente, coriza e dor de garganta.
Primeiro Caso no Brasil
O primeiro caso de Éris no Brasil foi confirmado em São Paulo no início de agosto. Uma paciente de 71 anos apresentou sintomas gripais em 30 de julho e procurou atendimento médico em 3 de agosto em um hospital privado. Apesar de estar completamente vacinada, a paciente foi diagnosticada com a variante Éris. Especialistas sugerem que a proteção oferecida pelas vacinas, e não a virulência da estirpe, está relacionada à menor gravidade da doença.
A Importância do Uso de Máscaras
A variante Éris possui uma mutação na proteína spike que facilita a evasão da imunidade induzida por vacinas ou infecções anteriores. No entanto, não há indicação de mudanças nas recomendações sanitárias atuais. É crucial manter as medidas de higiene e segurança, como lavagem das mãos, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, e usar máscaras em ambientes fechados ou ao apresentar sintomas gripais.
Eficácia das Vacinas
As vacinas continuam sendo a ferramenta mais eficaz para combater a propagação da Covid-19. Mesmo que não previnam completamente a infecção pela variante Éris ou outras variantes, as vacinas têm demonstrado eficácia na prevenção de formas graves da doença, reduzindo as hospitalizações e mortes. Os fabricantes de vacinas já estão trabalhando em atualizações que possam oferecer proteção mais robusta contra as novas variantes.
Risco de Recrudescimento da Pandemia?
Além da Éris, outra subvariante da Ômicron, a BA.2.86, foi identificada em 17 de agosto, apresentando mais de 30 mutações na proteína spike. Embora essa seja a maior quantidade de mutações já sequenciadas desde o surgimento da cepa Ômicron, os dados disponíveis até o momento não indicam um aumento significativo na gravidade da doença causada por essa variante.
Conclusão
Apesar da emergência de novas variantes como a Éris e a BA.2.86, não há motivo para pânico. Até o momento, não há indicação de um aumento exponencial de casos ou de formas mais graves da doença. É fundamental manter a vigilância e seguir as recomendações das autoridades de saúde, incluindo a atualização do calendário vacinal, o uso de máscaras em ambientes fechados e a manutenção da higiene pessoal. Ao cuidarmos de nós mesmos, também cuidamos dos outros.
Escrito por: