Advertência: A Inteligência Artificial pode ser empregada na criação de armas biológicas

Especialistas pedem controle internacional sobre a IA, comparando-a à tecnologia nuclear

Por GestãoTec | 28/07/2023 | 4 Minutos de leitura

O que está acontecendo?

 As preocupações expressas por Yoshua Bengio, Dario Amodei e Stuart Russell sobre o futuro da inteligência artificial (IA) são compartilhadas por muitos no campo. A IA tem o potencial de trazer inovações incríveis e resolver problemas complexos, mas também pode ser mal utilizada ou até mesmo sair do controle se não for adequadamente gerenciada.

A questão central aqui é se a IA pode ser regulada de maneira eficaz de forma semelhante à tecnologia nuclear. Esta é uma proposta intrigante, mas também complicada. A tecnologia nuclear é em grande parte tangível e localizada. Pode ser monitorada através de inspeções físicas e controles de exportação. A IA, no entanto, é intangível e disseminada globalmente. Pode ser desenvolvida em qualquer lugar com um computador e uma conexão à internet. Portanto, o controle eficaz da IA através de regulamentações semelhantes à tecnologia nuclear pode ser desafiador.

Em relação à IA ser usada para criar vírus perigosos ou armas biológicas, isso é certamente uma preocupação válida. A IA poderia, teoricamente, ser usada para criar ou modificar vírus em laboratório. No entanto, isso requer um alto nível de conhecimento em biologia, genética e bioinformática, além de acesso a laboratórios e equipamentos especializados.

Os comentários de Stuart Russell destacam a dificuldade inerente de entender e controlar totalmente a IA. Ao contrário de outras tecnologias poderosas, a IA pode se desenvolver de formas imprevisíveis e não intencionais, tornando o controle completo quase impossível.

É importante que haja um debate contínuo sobre a regulamentação da IA. Como em qualquer debate, haverá pontos de vista divergentes. A melhor maneira de proceder é garantir que todas as partes interessadas, incluindo cientistas, legisladores, indústria e o público, sejam envolvidas na discussão. Isso ajudará a garantir que as regulamentações que emergirem sejam equilibradas, eficazes e aceitas pela comunidade global.

Dito isso, é fundamental que o potencial da IA seja explorado e aproveitado de maneira responsável e ética. Apesar das vozes divergentes sobre a escala e a natureza do risco da IA, o consenso geral é que precisamos estabelecer diretrizes claras e eficazes para o desenvolvimento e a utilização dessa tecnologia. As consequências de não fazer isso podem ser profundas e de longo alcance.

Ao mesmo tempo, a IA tem o potencial de fornecer benefícios significativos para a sociedade em campos tão diversos como medicina, educação, transporte e meio ambiente. Portanto, é crucial que não deixemos o medo do desconhecido nos impedir de explorar e aproveitar as vantagens que a IA pode oferecer.

A comparação da IA com o Projeto Manhattan ou a missão da Nasa para levar o homem à Lua pelo senador Richard Blumenthal é reveladora. Ambos foram projetos de tecnologia inovadora que mudaram o mundo de maneiras significativas - tanto para o bem quanto para o mal, no caso do Projeto Manhattan. Assim como esses projetos, a IA tem o potencial de mudar o mundo. O desafio é garantir que essa mudança seja para melhor, com os riscos devidamente administrados.

Resumindo:

Finalmente, as considerações feitas na audiência do Congresso americano sobre o desenvolvimento da IA são um lembrete de que é fundamental que continuemos a questionar, desafiar e moldar a maneira como essa tecnologia é desenvolvida e usada. Isso será crucial para garantir que aproveitemos os benefícios da IA, ao mesmo tempo em que minimizamos e gerenciamos seus riscos. A cooperação internacional, o diálogo aberto e a transparência serão elementos-chave neste esforço.

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