O Renascimento Digital do Brasil: Um Salto Quântico na Velocidade de Acesso à Internet

De 22 Mbps para 415 Mbps: Como o Brasil Transformou sua Infraestrutura de Internet em Cinco Anos

Por Isabela Justo | 09/08/2023 | 4 Minutos de leitura

Explosivo Crescimento da Velocidade de Acesso à Internet no Brasil: Um Salto de 1.786% em 5 Anos

O progresso no campo das telecomunicações no Brasil é notável. Em apenas meia década, o país experimentou um crescimento vertiginoso de 1.786% na velocidade média de acesso à internet, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em junho de 2018, a velocidade média estava na casa dos 22 Mbps. Avance para junho deste ano, e esse número saltou para impressionantes 415 Mbps.

Essa transformação foi possível devido a dois fatores principais:

  1. Expansão da Infraestrutura: O Brasil intensificou o desenvolvimento e implementação de sua infraestrutura de redes, com foco especial na expansão de redes de fibra ótica.
  2. Revolução Tecnológica: O país fez uma transição significativa da tecnologia xDSL, que dominava em 2018, para tecnologias baseadas em fibra ótica.

Os benefícios dessa expansão não se restringiram apenas à velocidade. Durante esse mesmo período, a base de usuários de internet cresceu de 30,4 milhões para 46,39 milhões - um salto de quase 53%.

A evolução tecnológica tem sido o catalisador desse crescimento. Como destacado pelo portal Tele.Síntese, até recentemente, a infraestrutura dominante se baseava em cobre da telefonia fixa e cabo coaxial. Mas com a adoção de equipamentos G-PON baseados em fibra ótica, os provedores conseguiram multiplicar a velocidade oferecida aos seus clientes.

Além disso, as inovações no sistema de transporte de dados também têm sido notáveis. Antigamente, transceptores ópticos suportavam apenas 100 Gbps por feixe de luz. Hoje, com avanços tecnológicos, o processamento de dados é mais integrado, com transceptores ópticos desempenhando um papel crucial na conversão direta do conteúdo nas antenas, direcionando-os aos roteadores e data centers.

Alexandre Salomão, da Infinera Brasil, destaca a importância desses transceptores, mencionando que "cerca de 70% do investimento em uma rede de transporte está nos transceptores". Estas peças, que antes se assemelhavam a caixas e agora se parecem com pen-drives grandes, são a espinha dorsal das redes. E à medida que a demanda cresce, a capacidade desses transceptores aumenta, com muitas empresas já adotando modelos de 400 G e planejando a transição para 800 G no futuro próximo.

Com esses avanços, o Brasil não apenas reforça sua infraestrutura digital, mas também pavimenta o caminho para um futuro ainda mais conectado e rápido.

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Isabela Justo


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