Um marco na medicina brasileira acaba de ser estabelecido com a aprovação no Sistema Único de Saúde (SUS) de uma técnica pioneira desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) para tratar o câncer de pele. Conhecida como terapia fotodinâmica, essa abordagem revoluciona o tratamento, oferecendo uma alternativa à cirurgia.
A Tecnologia e Seus Benefícios
Desenvolvida por especialistas da USP, a terapia fotodinâmica representa uma resposta eficaz, principalmente, contra lesões não melanoma, que são predominantes entre os casos brasileiros de câncer de pele. A Dra. Ana Gabriela Sálvio, dermatologista, ressalta que a técnica é ideal para "carcinomas basocelulares em fase inicial de tratamento, lesões menores, com subtipos histológicos específicos."
Os números falam por si: com apenas duas sessões de 20 minutos cada, a taxa de cura supera os 90%. Já foram tratadas mais de 5 mil lesões, tornando o Brasil referência na técnica, estando presente em nove países da América Latina.
Investimento e Apoio
O Brasil não apenas inovou na técnica, mas também é o país que mais investiu na terapia fotodinâmica mundialmente, conforme reconhecido pela Unesco. Um investimento que ultrapassa R$ 10 milhões, com a contribuição da Fapesp, BNDES, Ministério da Saúde e Finep. Celso Pansera, presidente da Finep, destaca o compromisso do país em alavancar a inovação científica nacional, transformando pesquisas em soluções práticas para problemas reais no sistema de saúde.
Disponibilidade e Futuro
Apesar de estar no mercado privado há cerca de 10 anos, foi em julho de 2023 que essa inovação obteve aprovação no SUS. Entretanto, a data exata de disponibilidade dessa tecnologia para a população, conforme a Agência Brasil, ainda será divulgada pelo Ministério da Saúde.
Este avanço representa não apenas um salto significativo na medicina, mas também demonstra o potencial de inovação do Brasil, que continua comprometido em oferecer o melhor em cuidados com a saúde para sua população.
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